quinta-feira, 14 de maio de 2009

Hã? Arquitetura Biodigital

Escola Superior d'Arquitetura - Universitat Internacional de Catalunya: onde esse bicho mora (imagem: web UIC) e de onde tem vista pra essa "coisinha" aqui embaixo (imagem: skyscrapercity)





Este é um mistério que povoa o imaginário de quem lê o curriculum de quem vos escreve (só que lá consta: "Arquitecturas Genéticas", mais indecifrável ainda!): que diabos é arquitetura biodigital?


Segundo o que conclui pela apresentação do curso de mestrado -e quase 8 (!) após passar por ali- é arquitetura inspirada nas construções formais encontradas na natureza que, por sua complexidade (tanto na elaboração como na execução de componentes para construção), necessita ser trabalhada (pensada, executada) com ferramentas que tiram partido de tecnologia de ponta (e que pode percisar ser desenvolvida para determinado projeto, vide o básico-famoso Guggenheim Bilbao e o Catia que viabilizou o processo). Lá mesmo trabalhamos com processo de projeto (softwares gerativos e paramétricos) até produção CAD_CAM (numa máquina caríisima que trabalhava com madeira e só estragava). Agora, o pontapé inicial é (de acordo com o programa do curso - e algumas conversas que tivemos então) a obra do local Gaudí (é só ir ao Espai Gaudí e ver os sistemas de forças exibidos nas maquetes de estudo pra tê-lo claro: genética pura).


Estudos de forças de Gaudí (acima, imagem de Pamela Angus - abaixo, de Suzysophisticate)




Isso considerando também a componente ambiental: o meio não é só inspiração formal, não - é permissa elaborar as intervenções de modo a solucionar situações que ameacem o funcionamento dos sistemas locais ou não gerar distúrbios a eles.

Sim, tem a famigerada sustentabilidade ali. Aparecia na parte de projeto ecológico, tanto no formato teórico como o exercício de projeto: intervenção numa comunidade de arrozeiros no delta do rio Ebro, em processo de salinização (em 2001, agora muita coisa ficou diferente, inclusive as questões bio e digital vem juntas). Problemas ambientais (o anteriormente comentado, bem grave pela proximidade da cultura que consome muita água e pelo rio ser principal fonte catalã de abastecimento dela, cuja qualidade -já péssima- só tende a piorar com o aumento da concentração de sal) e considerações sobre o meio (sem os problemas, aspectos qualitativos mesmo) e os hábitos da comunidade local (a outra palavra da moda, cultura) considerados, o levantamento (e as discussões em aula e grupo de pesquisa) até serviu de dossiê (sem créditos, claro!) pro concurso de habitações ocorrido por lá (do qual soube casualmente, por uma Quaderns -edição especial, set/2004- que um amigo mostrou).

Fica mais elucidativo mostrar (alguns - não dá pra saber tudo) "quens" fazem -de alguma maneira- isso atualmente:


- O atual professor do curso Kas Oosterhuis (imagem: http://www.oosterhuis.nl/quickstart/index.php?id=1)


- Dennis Dollens: amado, crânio, sensível prof (imagem: http://aminima.net/wp/?p=840&language=en)

- S(culpture)I(n)T(he)E(nvironment)/ James Wines (imagens: http://www.siteenvirodesign.com/)





- EMBT (tomara que BT continue pra sempre o trabalho genial de EM!) (imagens: http://www.mirallestagliabue.com/)

Pra quem se interessar, a definição oficial está aqui: http://www.uic.es/es/master-arquitectura-biodigital

Pra pensar

Imagem: blog Flávio Gomes tratada por mim

Ensinar a pensar.
Por Luís Sérgio Lico
Muito se tem agitado as empresas, depois das marolas internacionais e o cortejo de vaticínios, que se lhe sucedeu. Então, nada melhor que verificar qual peça está faltando na engrenagem, para que possamos contribuir para a melhoria da espécie.
Às vezes, em meio a tanto progresso e tecnologia,esquecemos de coisas básicas e cometemos erros decimais. Foi pensando e pesquisando que achei a melhor receita moderna para acalmar mercados, formar líderes, gerir empresas e governar nações. Esta abordagem é baseada numa mais antiga: educar para não ter que punir. Segue abaixo:
Espera-se que o professor desenvolva no seu aluno, em primeiro lugar, o homem de entendimento, depois, o homem de razão, e, finalmente, o homem de instrução. Este procedimento tem esta vantagem: mesmo que, como acontece habitualmente, o aluno nunca alcance a fase final, terá mesmo assim beneficiado da sua aprendizagem.
"Pensamento" completo em http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=39&Cod=473

quarta-feira, 13 de maio de 2009

The (relative) Big Bang

Agora o real (desde que me lembro) começo. Que é plural, porque tem o início do gosto por artes e manualidades e a questão "vamos salvar o mundo d.i.y.".

A das artes etc. é mais fácil: genética e meio. Sempre fui inclinada, desde as massinhas, argilas, tintas e componentes de plástico do material do pré e incursões vespertinas com mami (que vem de uma "linhagem" de gente que faz com as mãos - e aí tenho que incluir, de parte paterna, a avó igualmente expert no assunto) na cooperativa de artesanato, onde eu ficava brincando com argila junto com a Aline (também filha de arteira). Isso na Foz do Iguaçu dos anos 80.

Aqui é a COART, onde comecei no 'mundo arteiro'. Foto: Christian Rizzi (AMN)

Se tivesse ficado no Paraná, certamente seria designer formada no CEFET! Sonho de consumo acessível geograficamente falando.

Lá também começou a estória da reciclagem: coleta seletiva no Brasil começa em Curitiba, né! E é adotada no estado antes de voltarmos pra SP: Ribeirão Preto, na época do Rei do Gado (migração não estimulada pela propaganda 'californista' que fique claro). Como tinha uma iniciativa (intermitente!) da prefeitura também, continuou o hábito. Cristalizado através dos anos e experiências (vendo lá no perfil, fica claro: urbanista não-reciclador atualmente é um crime! Ou mora com as idéias -na gramática velha até 2012!- em outro planeta).

Lixeiras pra coleta seletiva em Curitiba - versão mini-e-atual. Foto: divulgação.

Começa assim

Tinha que começar mostrando "a tal da rosa" (quer saber que negócio é esse? Desce lá no "pé da página"). Mas é tão secreta (acho que melhor seria desatualizada) que não encontrei imagem da inspiração... Então vão as últimas que fiz.


Que, além de porta-retrato, viraram tic-tacs, móbiles e chaveiros, assim:




Agora dá pra contar o(s) início(s) de tudo. Próximos capítulos...